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terça-feira, 8 de junho de 2010

Google foi coerente ao proibir o Windows


A notícia de que o Google restringiu o uso do Windows por seus funcionários deixou muita gente ficou revoltada. Foi, no entanto, uma decisão natural.

A medida faz todo sentido se for levada em conta a filosofia da companhia, que defende que os sistemas operacionais hoje se tornaram irrelevantes – o que manda, para esse pessoal, é a vida na nuvem. O Google Apps foi o primeiro fruto desse pensamento. A criação do Google Chrome foi o segundo. O próximo será o lançamento do sistema operacional Chrome OS, no fim do ano.
Seguindo esse ponto de vista, o Windows não precisa ser usado por boa parte dos cerca de 20 mil empregados do Google. Boa parte deles realmente não necessita de nenhum software que só rode no sistema operacional da Microsoft. Por que gastar milhões com licenças? Agora que o Chrome chegou à versão estável para Linux e Mac, apenas os desenvolvedores de produtos para o ambiente Windows têm justificativa para continuarem usando o sistema operacional de Bill Gates. Os outros podem se virar com o Google Docs e outros aplicativos web.
Há também, é claro, o problema da segurança. Combater vírus de computador é como acabar com a dengue. Todo mundo sabe como fazer, mas tem sempre algum infeliz que deixa um pneu acumulando água no quintal. Não existe sistema operacional mais atacado por crackers e criminosos virtuais do que o Windows. Por mais que alguém aconselhe e ensine, algum funcionário sempre vai fazer bobagem – mesmo em Mountain View e em suas sucursais (lembram da história do Google na China?). Então, melhor proibir de uma vez. Isso não garante 100% de segurança, mas aumenta absurdamente o nível de proteção.
Claro que o marketing é outro motivo por trás da decisão. Como o Google pretende confrontar a Microsoft com o Chrome OS em breve, seus funcionários devem ser os primeiros a “provar” que podem viver sem o Windows. Muita gente vai pensar: se eles conseguem, também consigo. Será? Saberemos no fim do ano.

Texto retirado DAQUI

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